Com a reoneração da folha de pagamento, publicada no Diário
Oficial da União no dia 31 de junho, empresas de 39 setores da economia perdem
o benefício fiscal. Após a aprovação do projeto pela Câmara de Deputados e pelo
Senado e, após vetos do presidente Michel Temer, apenas 17 setores permanecem
com as isenções tributárias.
Com a mudança nas regras, a Receita Federal espera
arrecadar R$ 830 milhões a mais em 2017. Com o aumento da tributação, os setores
que perderão o benefício voltarão a contribuir com uma alíquota de 20% sobre a
folha de pagamento para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A medida
passa a valer dentro de 90 dias.
A desoneração permitia que estes segmentos contribuíssem
sobre o valor da receita bruta – de 2% a 4% - com alíquotas próprias para cada
setor. Entre os setores que permanecem com o benefício estão o de Calçados,
Call Center, Comunicação, Confecção/ Vestuário, Construção Civil, Construção e
obras de infraestrutura, Couro, Fabricação de veículos e carrocerias, Máquinas
e equipamentos, Proteína animal, Têxtil, Tecnologia da Informação, Tecnologia
da Comunicação, Projeto de circuitos integrados, Transporte metroviário de
passageiros, Transporte rodoviário coletivo e Transporte rodoviário de cargas.
A medida é uma forma de tentar suprir as despesas oriundas
do acordo com a categoria dos profissionais de transporte rodoviário de cargas.
Além da desoneração da folha, o governo também irá reduzir incentivos fiscais
para exportadores e as indústrias química e de refrigerante, entre outras
ações. O objetivo é somar R$ 9,5 bilhões.
Durante a paralização dos caminhoneiros, o Governo Federal
se comprometeu a reduzir o preço do óleo diesel nas refinarias em R$ 0,46 por
litro. Para isso, irá subsidias R$ 0,30. O restante do valor será completado
por meio da redução de R$ 0,16 nos impostos que incidem sobre o diesel, como o
PIS/Cofins e a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico).
As empresas exportadoras terão uma redução da alíquota do Reintegra
(Regime Especial de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras), que
devolve às empresas parte dos impostos cobrados na cadeia de produção. Já a indústria
química e de refrigerantes perderão parte do crédito usado para abater
impostos.
Também foi publicada Medida Provisória que
estabelece o cancelamento de dotações orçamentárias em diversas áreas, como
programas de fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), concessão de
bolsas, reforma agrária, demarcação de terras indígenas, segurança e
policiamento em estradas.
Autor: Softbyte SIstemas de Gestão Empresarial
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