A Receita Federal começou a
apertar o cerco à pequenas e médias empresas que apresentam indícios de
sonegação fiscal. De acordo com o subsecretário de Fiscalização, Iágaro Jung
Martins, neste ano, já foram emitidos 46 mil comunicados a empresas destes
portes em todo o país.
Do total de empresas
alertadas, mais de oito mil fizeram a autorregularização – ou seja, pagaram os
tributos devidamente, antes de serem autuados, o que não ocorre incidência de
multas – levando a um recolhimento de R$ 461 milhões.
Mesmo com o aumento na
fiscalização dos pequenos empreendimentos, o trabalho de autuação de grandes
companhias não foi deixado de lado. “Há um percentual muito grande de sonegação
das pequenas empresas. A grande empresa não consegue não emitir nota fiscal. As
pequenas sonegam mais e contestam menos quando são autuadas”, lembrou Martins.
Foram realizadas três
operações especiais que mirou sonegação em contribuições previdenciárias e no Simples
Nacional. Para identificar as empresas, o Fisco cruzou informações de
notas fiscais eletrônicas e de recebimentos por meio de cartão de crédito e
débito com a receita bruta declarada. Foram alertados 25.097 contribuintes, com
indícios de omissão de R$ 15 bilhões.
Outra ação mirou em empresas que
declararam, erroneamente, serem optantes do Simples Nacional. Com isso, estes
contribuintes ficaram livres do pagamento da contribuição patronal
separadamente, já que o recolhimento neste regime tributário é feito em
alíquota única, juntamente com outros tributos.
Outra operação especial foi feita em
empresas com trabalhadores expostos a riscos ambientais, como na indústria
química, siderúrgica e na construção civil. Esses empregadores devem pagar,
além da contribuição patronal de 20% sobre o salário, uma alíquota adicional
que vai de 1% a 3% relacionado ao seguro de acidente de trabalho.
Próximas operações
A Receita Federal planeja para
os próximos meses operações de fiscalização para contribuintes autônomos que
não recolheram a contribuição previdenciária; cobrar multa sobre valores
declarados por pessoa física e recolhidos após o vencimento (continuidade da
Operação Carnê-Leão); cobrar o não recolhimento sobre ganho de capital com a
venda de imóveis (continuidade da Operação Nômade). A Receita também fará a
Operação Dirf X Darf que visa apurar valores declarados/retidos em Declaração
do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (Dirf) e não recolhidos ou
confessados. Outra ação deverá apurar a insuficiência de declaração e/ou de
recolhimento de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição
Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
*Com informações da
Agência Brasil e Jornal Contábil
Autor: Softbyte SIstemas de Gestão Empresarial
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